segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Contracorrente Italiana

Nas décadas de 60 e 70 os designers italianos haviam obtido grande reconhecimento no cenário internacional, muitos nitidamente influenciados por artistas pop. Dentre outros, os italianos Gaetano Pesce (1939) e Alessandro Mendini (1931) tiveram seus trabalhos chamados de “radicais” ou “antidesign” por libertarem-se dos cânones modernistas vigentes até então e assumirem o espírito lúdico da época, explorando novos temas e materiais.
O arquiteto, designer e artista Gaetano Pesce ficou conhecido justamente por esta abordagem radical feita ao design. Durante a década de 60 trabalhou com vários projetos experimentais envolvendo arte programada e cinética. O resultado apareceu no design de mobiliário em 1969, com a série de poltronas “Up”, produzidas pela fábrica italiana B&B, cujo formato e conforto dependiam da expansão da espuma de poliuretano e do revestimento em náilon elástico. Sem a herança dominante do funcionalismo, a poltrona não possuía estrutura interna e sustentava-se somente pela alta densidade da espuma. O produto era entregue ao usuário dentro de uma embalagem que comprimia seu volume normal a um décimo, saltando e tomando forma somente quando livre de seu invólucro de PVC.
O crescente desenvolvimento das tecnologias contribuiu para novas metodologias de projetos, pouco influenciadas do ponto de vista racionalista e funcionalista e muito mais pela aceitação dos produtos nos mercados internacionais. Os métodos associativos de projetos, onde ocorre mudança de função e mudança de uso, são recursos frequentemente utilizados e encontrados nos produtos italianos. É desta forma que a linguagem formal ganha maior ênfase, com a visualização de funções de uso ou de conotações simbólicas.
Na “Up series” ocorre essa desconstrução de valores formais, estéticos e funcionais, assim como a desestruturação de todo um processo de concepção de produto que envolve criação, materiais, sistema estrutural, processo de fabricação, embalagem e interação com o usuário final. O produto tornou-se emblemático por ser uma resposta contrária as linhas retas predominantes no design até a década de 50 e, mesmo sem contemplar aspectos ergonômicos, os novos materiais, as formas arredondadas, lúdicas e coloridas caíram no gosto popular, influenciando a produção
dos pós-modernistas das décadas seguintes e terminando de vez com a conceituação funcionalista do design originário dos anos 20.
Em meados dos anos 70 e 80 surgem movimentos de contracorrente italiana, como o Alchimia e o Menphis, onde mudanças conceituais e de atitude violam regras e convenções estabelecidas pelo design clássico moderno. Em 1979 o Estúdio Alchimia ofereceu aos designers possibilidades de exposição para projetos experimentais que não tinham possibilidade de produção. Entre os primeiros projetos apresentados em Milão estavam “Bauhaus I” e “Bauhaus II”, que basicamente constituía-se de uma banalização irônico-intelectual da tradição da Bauhaus por meio da descaracterização de móveis clássicos. Na ocasião, Alessandro Mendini apresenta o re-design da cadeira Wassily (1925), contestando as proporções cúbicas e a rigidez das faixas de lona tencionadas do arquiteto Marcel Breuer. A cadeira Wassily é um ícone da mobília moderna em aço tubular surgida de dentro dos laboratórios de móveis da Bauhaus, na qual Breuer foi aluno e posteriormente professor. A Bauhaus teve forte influência do movimento De Stil e do construtivismo, que por sua vez negava que as emoções individuais do artista fossem fundamentais à arte.
O design radical de Mendini rejeitava a teoria modernista e valorizava o ornamento e o artesanato. Os valores desconstrutivistas podem ser observados em sua nova concepção de design, onde a reinterpretação de clássicos era obtida por meio de aplicações artísticas como pintura, decorações, bolas, bandeirolas, etc., que os descaracterizava. Foi desta forma que o re-design por ele proposto não ficou apenas em uma brincadeira intelectual, mas sim preparou o design para o caminho da arte.
O design italiano sempre esteve aberto a novas experimentações, questionamentos e reflexões sobre o sentido do design até então praticado, proporcionando um espaço para repensar os caminhos a seguir. O design radical de Gaetano e o re-design de Mendini foram capazes de gerar uma produção inovadora, contestadora, irônica, crítica e lúdica. Promotores de um design socialmente crítico souberam contestar o estilo moderno, a alta tecnologia predominante e principalmente o conformismo estético da produção seriada.


Bibliografia:
BÜRDEK, Bernhard. História, Teoria e Prática do Design de Produtos. São Paulo: Blücher, 2006.
LITTLE, Stephen. ...ISMOS Para Entender a Arte. São Paulo: Ed. Globo S.A., 2010.
MORAES, Dijon de. Limites do Design. São Paulo: Studio Nobel, 1995.
TAMBINI, M. O Design do Século. São Paulo: Ed. Ática, 1997.

Postagem: Nadi Koff

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

FAI - Faculdade dos Imigrantes

HISTÓRICO DE IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO

Em meados de 2001, a Faculdade dos Imigrantes – FAI, estabelecimento isolado particular de Ensino Superior, mantido pela Associação Nossa Senhora de Caravaggio, solicitou credenciamento junto ao Ministério da Educação. Em 04 de janeiro de 2002, obteve Autorização para Funcionamento através da Portaria N° 21/2002.

A instalação da Faculdade dos Imigrantes – FAI em Caxias do Sul foi planejada em função do potencial sócio-econômico da região e da carência de formação profissional em áreas específicas, nas quais a Faculdade pretende atuar. Situada estrategicamente num dos maiores centros industriais, financeiros e culturais do sul do país, a serra gaúcha, a FAI objetiva uma efetiva inserção no seu meio, servindo como agente decisivo tanto na produção e disseminação do conhecimento quanto na transformação social.

Nesse sentido, a FAI orienta-se por valores básicos, tais como a inovação e a criatividade, o compromisso ético e cooperação institucional, a consciência e a responsabilidade social, juntamente com a qualidade do ensino e a excelência acadêmica.


Cursos:

Administração:

Com currículo atualizado, direcionado para as necessidades do mercado, o curso de Administração prepara profissionais para lidar com os desafios do dia-a-dia em organizações de setores diversos no âmbitos público e privado. O profissional formado em administração estará apto a gerir as áreas financeira, recursos humanos, produção e mercadológica. Também possuirá uma visão sistêmica sobre as inter-relações das diversas esferas de competência da administração, e as habilidades necessárias para administrar cada uma delas, e a organização como um todo.

Autorização: Portaria Ministerial nº 22, de 04 de janeiro de 2002Publicada no Diário Oficial da União em 09 de janeiro de 2002.Reconhecimento: Portaria Ministerial nº 778, de 10 de junho de 2009

Publicada no Diário Oficial da União em 15 de junho de 2009.


Ciências Econômicas:

O graduado em Economia com ênfase em Mercado internacional e meio ambiente terá uma preparação focada na formação de uma visão crítica com o intuito de compreender a realidade do mercado. Ele estará altamente qualificado a identificar e solucionar problemas dos âmbitos social, econômico e político. Também conhecendo os preceitos e princípios da economia clássica, o bacharel nesta área agregará dois enfoques específicos altamente atuais em seu currículo, gerando um diferencial em termos de capacitação profissional.

Autorização: Portaria Ministerial n° 74, de 11 de janeiro de 2005

Publicada no Diário Oficial da União em 12 de janeiro de 2005.

Ciências Contábeis:

O graduado em Contabilidade com ênfase em Controladoria possui um diferencial no seu mercado de atuação, pois além de exercer sua função contábil, terá uma formação inovadora na área específica de controladoria dentro das organizações, área em expansão com alto padrão de remuneração. Este curso forma profissionais com perfil dinâmico, foco gerencial e preocupação ética, para atender qualquer organização contábil e também as que necessitem da atuação de um controller.

Autorização: Portaria Ministerial n° 1666, de 16 de maio de 2005

Publicada no Diário Oficial da União em 17 de maio de 2005.

Design de Interiores:

Fazer Design de interiores é redefinir os espaços internos dando-lhes uma identidade, um valor, um significado e até mesmo um novo uso, através de uma linguagem do espaço produzido que lhe é própria. O designer de interiores formado pela FAI terá visão estratégica para conceber com competência projetos de interiores residenciais, comerciais, empresariais e institucionais, além de exposições, estandes e ambientes cenográficos, equacionando todos os fatores inerentes ao design.

Autorização: Portaria Ministerial n° 1667, de 16 de maio de 2005

Publicada no Diário Oficial da União em 17 de maio de 2005